Ainda guardo bons e velhos costumes, como ler um “livro”, rezar a mesa ou ser honesto. Alegro me em saber que em um mundo tão banal e fútil, certas coisas não se perderam no tempo, tais coisas como as risadas descontraídas que sempre surgem quando se está perto de quem se gosta, historias que já foram contadas inúmeras vezes e que nunca perdem a graça. Tais coisas como o prazer de pegar nas folhas de um livro, e ter o cuidado para não amassar a capa, poder marcar uma pagina e continuar no dia seguinte, poder ter o livre arbítrio de interromper uma historia de amor bem na metade e saber que ela vai ter um final feliz, mesmo que rasgue, pegue poeira e fique esquecida no fundo do armário.
Tais coisas como ser careta em um mundo onde ser descolado que é o “legal”, um mundo onde ser desonesto não é ruim, onde roubar não traz humilhação alguma, poder ficar feliz ao lembrarem o quanto você se parece com seu pai ou com sua mãe e não precisar se sentir ofendido por isso. Saber que os bons costumes rasgam os tempos e que tantas coisas ruins não fazem esse tal mundo menos bonito e menos alegre.
Ainda guardo bons e velhos costumes, como a vontade de amar e ser feliz.
Criado por: Marquinho (para os intimos)